Destaque

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Geo Bike Challenge NGPS

Decorreu no passado dia 23 de Fevereiro a primeira prova do circuito Geo Bike Challenge NGPS em Arouca, evento organizado pela Ecobike.

O CDC fez-se representar com quatro atletas (Carlos Teixeira, Pedro Rocha, Paulo Gomes e Luís Tomé e nosso amigo Nuno Santos de Cantanhede e residente em Óvar) nestas provas onde não há classificações e se deslocam em autonomia guiados por gps, não havendo qualquer tipo de sinalética em todo o circuito.

Esta equipa de cinco elementos participou nesta prova, com um espírito de camaradagem e entreajuda andando sempre em equipa desde o primeiro Km até ao último metro.

Foi as 5h45m a hora de saída de Cantanhede para Arouca. Pelas 7h28 la chegamos a Arouca bem dentro do tempo previsto com algum nevoeiro e uma temperatura que rondava os 6 graus, algo que já esperávamos.

Depois de devidamente equipados e após se juntar a este grupo o Nuno Santos, chegava-se hora de nos dirigirem para o secretariado, onde seriam levantados os dorsais, depois dos últimos preparativos (água nos bidons e um cafezinho matinal) este 5 corajosos começariam a pedalar às 8,20.

Esperavam-nos 92 Km com 3.220 metros de acumulado em total autonomia, temperaturas baixas, algum nevoeiro e tempo instável, no entanto a organização surpreendeu todos os atletas com alguns postos de abastecimento, com água em garrafões para podermos atestar os nossos bidons, fruta (banana e laranja) e num posto de abastecimento até aletria havia.

O tempo também nos surpreendeu pois a chuva anunciada alguns dias atrás não se fez sentir, apenas algum nevoeiro nas primeiras horas da manhã que encobriram algumas paisagens deslumbrantes que a organização tinha pensado em presentear todos aqueles que decidiram escalar a Serra da Freita.

Ao Km 14,5 e quase 2 horas a pedalar chegámos a um café onde a organização fez um acordo com o proprietário o atleta tinha direito a uma sandes de presunto e uma bebida à sua escolha em troca de 2 euros. Estávamos com 920 metros de elevação e pudemos observar a Frecha da Mizarela, pois o sol começou a querer aparecer.

Mais 4 Km e chegaríamos ao ponto mais alto deste passeio cerca de 1045 metros de altitude onde a paisagem era deslumbrante vendo-se o rio Caima como se de avião fossemos.

Depois desta parte inicial quase sempre a subir começámos a pedalar em plano na Serra da Freita e gozámos imenso algumas descidas de vários Km com algum perigo. Passámos pela aldeia de Candal, Covelo de Paivô e pelas minas de volfrâmio em Regoufe direitos a Drave.

A descida para Drave, naquilo que é praticamente só um “caminho de cabras” foi simplesmente fenomenal apesar de para a maioria dos atletas o trilho de ter de ser feito a pé com a bike à mão. A também chamada “Aldeia Magica” é agora um lugar de concentração de escuteiros. Os seus acessos apenas se conseguem fazer a pé, pois mesmo os veículos todo o terreno não chegam lá perto.

A saída então, prolonga-se quase sem fim, inicialmente com a bike às costas, para uns 500/600 metros e uns bons 15 minutos depois dar lugar a um estradão de terra batida e muito calhau solto, num constante zigue zague com uma pendente média de cerca de 15% até ao encontro com o parque eólico da Freita onde voltamos de novo acima dos 1000 metros.

Ora como tudo o que sobe, desce… também a esta altura a malta já contava com mais descidas, não sem que antes se tivesse de fazer mais uns quantos km pelos estradões do cimo do monte onde alternavam descidas de alguma distância com topos curtos de inclinação acentuada, sempre com muita pedra solta em comum.

Ao km 65,5 iniciamos uma descida acentuada, dos 750m para os 240m em 4,5km, onde os travões tiveram tempo de aquecer!!! e que nos havia de levar até à travessia de um ribeiro.

É certo que a organização havia avisado que a determinada altura não havia alternativa senão molhar o pé, mas estávamos longe de imaginar a “maldade” da organização que, ali nos fez atravessar um afluente do rio Paiva, com agua pelos joelhos, uma forte corrente, fundo de pedras soltas (felizmente redondinhas e lisas) e uma temperatura, ui! Ui! quentinha como devem imaginar. Como ainda faltavam cerca de 20km toca de descalçar para não seguir com os pés completamente encharcados pois a noite no monte chega cedo e já estava a começar a arrefecer.

Daí até ao final, o percurso seguiu por asfalto acompanhando o serpentear do Rio Paiva mas nem por isso menos empenado. Esperavam-nos ainda cerca de 400 de acumulado até à meta, onde nos esperava a foto da praxe para a organização recordar e nova surpresa, um cálice de Porto caseiro e uma fatia de Pão-de-ló.

Um banho magnifico de água bem quente seguido dum jantar no “Parlamento” fruto de um mini acordo com a Organização da Ecobike da Maia que, sem sobra de duvida fez um grande trabalho numa região fora da sua área, e que, certamente elevou bem alto a fasquia organizativa destes circuitos NGPS.

5Estrelas…

Venham os próximos…